Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 39
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00107823, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534126

ABSTRACT

Distorção da imagem corporal é uma alteração da percepção do corpo que pode repercutir na saúde. Este estudo visa estimar, entre mulheres participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) residentes na Bahia, Brasil, a prevalência de acurácia e distorção da imagem corporal e investigar associações com características socioeconômicas, estilo de vida e procura de cuidados ginecológicos. Participaram 609 mulheres de 50-69 anos de idade que responderam, entre 2012-2014, questionários aplicados face a face. Foi utilizada a escala de silhuetas de Stunkard para investigar a percepção acurada ou distorcida para mais ou menos peso. A razão de risco relativo (RR) foi calculada por meio de regressão logística multinomial por meio do Stata 13. A maioria das participantes tem perspectiva acurada do próprio corpo (53,7%). Entre aquelas com percepção distorcida, há uma tendência à distorção para menos peso (38,1%). Na análise de regressão multinomial, permaneceram associadas à distorção para menos peso as variáveis raça/cor e escolaridade, sendo que a primeira foi positivamente associada à distorção para menos peso entre as pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) e pretas (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), enquanto a segunda entre aquelas com escolaridade até o Ensino Médio (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). Não houve associações quanto às demais variáveis, nem com distorção para mais peso. Os resultados contribuem para a explicação das relações entre percepção da imagem corporal e fatores socioeconômicos, revelando que mulheres de raça/cor diferentes e variados níveis de escolaridade são influenciadas de formas distintas pelos discursos sociais, o que impacta a percepção da sua imagem corporal.


Body image distortion is an alteration in the perception of the body that can have repercussions on health. This study aims to estimate the prevalence of body image accuracy and distortion among women participating in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) living in Bahia State, Brazil, and to investigate associations with socioeconomic characteristics, lifestyle, and gynecological care seeking. A total of 609 women aged 50 to 69 years participated in the study, who answered face-to-face questionnaires from 2012 to 2014. The Stunkard silhouette scale was used to investigate accurate or distorted perception for more or less weight. The relative risk ratio (RR) was calculated by multinomial logistic regression using Stata 13. Most participants have an accurate perception of their own bodies (53.7%). Among those with distorted perception, there is a tendency to distort towards less weight (38.1%). In the multinomial regression analysis, the variables race/skin color and education remained associated with the distortion towards underweight. The race/skin color variable was positively associated with the distortion towards underweight among Mixed-race women (RR = 1.89; 95%CI: 1.13-3.16) and black (RR = 2.10; 95%CI: 1.25-3.55), while the education variable among those with up to high school education (RR = 1.65; 95%CI: 1.18-2.33). There were no associations with the other variables or with distortion for more weight. The results contribute to explaining the relationships between body image perception and socioeconomic factors, revealing that women of different races/skin colors and varying educational levels are influenced in different ways by social discourses, impacting the perception of their body image.


La distorsión de la imagen corporal es una alteración en la percepción del cuerpo que puede repercutir en la salud. Este estudio busca estimar, entre las mujeres participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil) que viven en Bahía, Brasil, la prevalencia de precisión y distorsión de la imagen corporal e investigar asociaciones con las características socioeconómicas, el estilo de vida y la busca de atención ginecológica. Participaron 609 mujeres que tenían entre 50 y 69 años que contestaron los cuestionarios aplicados cara a cara entre 2012 y 2014. Se utilizó la escala de siluetas de Stunkard para investigar la percepción precisa o distorsionada para más o menos peso. El cociente de riesgo relativo (RR) se calculó a través de regresión logística multinomial utilizando el Stata 13. La mayoría de los participantes tiene una perspectiva precisa del propio cuerpo (53,7%). Entre las personas con percepción distorsionada hay una tendencia a la distorsión para menos peso (38,1%). En el análisis de regresión multinomial, las variables raza/color y escolaridad permanecieron asociadas con la distorsión para menos peso, siendo la primera positivamente asociada con la distorsión para menos peso entre las mujeres pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) y negras (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), mientras la segunda entre las mujeres que estudiaron hasta la enseñanza secundaria (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). No hubo asociaciones con las otras variables ni con la distorsión para más peso. Los resultados contribuyen para explicar las relaciones entre la percepción de la imagen corporal y los factores socioeconómicos, demostrando que mujeres de diferentes razas/colores y diferentes niveles de educación se influyen de distintas formas a través de discursos sociales, lo que impacta en la percepción de su imagen corporal.

2.
Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) ; 12(4): 33-50, out.-dez.2023.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1523332

ABSTRACT

Objetivo: refletir sobre o acesso a serviços de saúde para infertilidade e reprodução humana assistida durante o período da pandemia de COVID-19, na perspectiva da justiça reprodutiva. Metodologia: utilizou-se dados do inquérito online da pesquisa Pandemia de COVID-19e práticas reprodutivas de mulheres no Brasil, que obteve 8.313 respostas de mulheres residentes em todas as regiões do país, de 18 anos ou mais. O questionário autoaplicável circulou entre julho e outubro de 2021, contendo questões fechadas e abertas. A análise descritiva das respostas objetivas de 242 mulheres que referiram buscar atendimento para infertilidade contou com o cálculo de frequências simples das variáveis. Já os textos escritos nos espaços abertos do questionário foram submetidos à análise temática. Resultados: o estudo verificou a existência de barreiras institucionais e não institucionais para os cuidados da infertilidade, ambas incrementadas pela pandemia. Conclusão: recomenda-se a efetivação de política pública que garanta acesso pleno a todas as pessoas, haja vista que o tratamento para infertilidade e reprodução assistida tende a se restringir a mulheres cisgênero, de camadas médias e altas, mais escolarizadas e majoritariamente brancas.


Objective: to critically examine access to health services for infertility and assisted human reproduction during the COVID-19 pandemic, emphasizing the perspective of reproductive justice. Methods: data for analysis were derived from the online survey titled COVID-19 Pandemic and Women's Reproductive Practices in Brazil, garnering 8,313 responses from women aged 18 years or older residing in all regions of the country. The self-administered questionnaire circulated from July to October 2021 and comprised both closed and open-ended questions. Descriptive analysis of the objective responses obtained from 242 women actively seeking infertility care involved the calculation of simple frequencies for relevant variables. Responses provided in the open-ended sections of the questionnaire underwent thematic analysis. Results: revealed the presence of both institutional and non-institutional barriers to infertility care, with a notable exacerbation during the pandemic. Conclusion: given that infertility and assisted reproduction treatment predominantly cater to cisgender women from middle and upper socio-economic strata, characterized by higher education levels and mostly white, there is a compelling need for the implementation of public policies that ensure equitable access for all individuals.


Objetivo: reflexionar sobre el acceso a los servicios de salud para la infertilidad y la reproducción humana asistida durante el período de la pandemia de COVID-19, desde la perspectiva de la justicia reproductiva. Metodología: se utilizaron datos de la encuesta en línea de la Pandemia de COVID-19y prácticas reproductivas de las mujeres en Brasil, que obtuvo 8.313 respuestas de mujeres residentes en todas las regiones del país, con edad igual o superior a 18 años. El cuestionario autoaplicado circuló entre julio y octubre de 2021, conteniendo preguntas cerradas y abiertas. El análisis descriptivo de las respuestas objetivas de 242 mujeres que relataron buscar atención por infertilidad implicó el cálculo de frecuencias simples de las variables. Los textos escritos en los espacios abiertos del cuestionario fueron sometidos a análisis temático. Resultados:el estudio verificó la existencia de barreras institucionales y no institucionales para la atención de la infertilidad, ambas aumentadas por la pandemia. Conclusión: se recomiendala implementación de una política pública que garantice el pleno acceso a todas las personas, dado que el tratamiento de la infertilidad y reproducción asistida tiende a estar restringido a mujeres cisgénero de clase media y alta, con mayor educación y en su mayoría blancas.


Subject(s)
Health Law
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(11): e00047123, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550173

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to identify lifestyle changes and associated sociodemographic factors in women and men participating in the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil) cohort during the COVID-19 pandemic. Longitudinal study with 3,776 (aged 58.8 years; SD ± 8.5) employees of public higher education institutions in the second follow-up and the wave-COVID of ELSA-Brasil. Data collected using structured questionnaires. An exploratory analysis was performed using binary and multinomial logistic regression on the dependent variables with two and three categories, respectively, by obtaining crude and adjusted odds ratio estimates in SPSS 20.0, considering a p-value < 0.05. There was a reduction in physical activity of 195.5 (SD ± 1,146.4) metabolic equivalents per week in women and 240.5 (SD ± 1,474.2) in men, and in smoking by 15.2%. There was an increase in alcohol consumption in men and women (434.2 ± 5,144.0; and 366.1 ± 4,879.0, respectively), in the food quality score (0.8 ± 3.7, women; 0.5 ± 3.7, men), sleeping time (0.4 ± 1.2, women; 0.5 ± 1.1, men), screen time (1.7 ± 2.4, women; 1.4 ± 2.3, men), and sitting time (1.7 ± 2.6, women; 1.5 ± 2.4, men) (hours/day). In total, 18.6% increased the purchase of ultra-processed foods and 36% increased the purchase of natural foods. Age and work activity contributed to increase the chance of purchasing ultra-processed foods, and age and adherence to social distancing influenced the shift to a more sedentary behavior, while income and active work favored the increase in alcoholic beverage consumption. These factors should be considered when developing public policies to avoid individual behaviors that are harmful to health during pandemics.


Resumo: O objetivo do estudo é identificar mudanças no estilo de vida e fatores sociodemográficos associados em mulheres e homens participantes da coorte Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) durante a pandemia de COVID-19. Estudo longitudinal com 3.776 (58,8 anos; DP ± 8,5) funcionários de instituições públicas de Ensino Superior no segundo acompanhamento e na onda COVID do ELSA-Brasil. Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados. Foi realizada análise exploratória por meio de regressão logística binária e multinomial nas variáveis dependentes com duas e três categorias, respectivamente, obtendo-se estimativas brutas e ajustadas de odds ratio no SPSS 20.0, considerando um valor de p < 0,05. Houve redução da atividade física de 195,5 (DP ± 1.146,4) equivalentes metabólicos por semana nas mulheres e de 240,5 (DP ± 1.474,2) nos homens, e do tabagismo de 15,2%. Houve aumento do consumo de álcool em homens e mulheres (434,2 ± 5.144,0 e 366,1 ± 4.879,0, respectivamente), do escore de qualidade alimentar (0,8 ± 3,7, mulheres; 0,5 ± 3,7, homens), do tempo de sono (0,4 ± 1,2, mulheres; 0,5 ± 1,1, homens), do tempo de tela (1,7 ± 2,4, mulheres; 1,4 ± 2,3, homens) e do tempo sentado (1,7 ± 2,6, mulheres; 1,5 ± 2,4, homens) (horas/dia). Além disso, 18,6% aumentaram a compra de alimentos ultraprocessados e 36% aumentaram a compra de alimentos naturais. A idade e a atividade laboral contribuíram para aumentar a chance de compra de alimentos ultraprocessados, e a idade e a adesão ao distanciamento social influenciaram a mudança para um comportamento mais sedentário, enquanto a renda e o trabalho ativo favoreceram o aumento do consumo de bebidas alcoólicas. Estes fatores devem ser considerados na elaboração de políticas públicas a fim de evitar comportamentos individuais deletérios à saúde em períodos de pandemia.


Resumen: El objetivo de este estudio es identificar los cambios en el estilo de vida y los factores sociodemográficos asociados en mujeres y hombres que participan en la cohorte Estudio Longitudinal de Salud del Adulto en Brasil (ELSA-Brasil) durante la pandemia de la COVID-19. Estudio longitudinal con 3.776 (58,8 años; DE ± 8,5) funcionarios en instituciones públicas de educación superior en el segundo seguimiento y en la ola COVID de ELSA-Brasil. Los datos se recopilaron de cuestionarios estructurados. El análisis exploratorio se realizó mediante regresión logística binaria y multinomial en variables dependientes con dos y tres categorías, respectivamente, en la cual se obtuvieron estimaciones brutas y ajustadas de odds ratios en SPSS 20.0, teniendo en cuenta un valor de p < 0,05. Hubo una reducción en la actividad física de 195,5 (DE ± 1.146,4) equivalentes metabólicos por semana en mujeres y de 240,5 (DE ± 1.474,2) en hombres, y del tabaquismo del 15,2%. Hubo un aumento en el consumo de alcohol en hombres y mujeres (434,2 ± 5.144,0 y 366,1 ± 4.879,0, respectivamente), en el puntaje de calidad de los alimentos (0,8 ± 3,7, mujeres; 0,5 ± 3,7, hombres), en el tiempo de sueño (0,4 ± 1,2, mujeres; 0,5 ± 1,1, hombres), en el tiempo frente a la pantalla (1,7 ± 2,4, mujeres; 1,4 ± 2,3, hombres) y en el tiempo sentado (1,7 ± 2,6, mujeres; 1,5 ± 2,4, hombres) (horas/día). Además, el 18,6% aumentó la compra de alimentos ultraprocesados y el 36% la compra de alimentos.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(12): e00039923, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528198

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to identify patterns of metabolic syndrome among women and estimate their prevalence and relationship with sociodemographic and biological characteristics. In total, 5,836 women were evaluated using baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Patterns of metabolic syndrome were defined via latent class analysis, using the following metabolic abnormalities as indicators: abdominal obesity, hyperglycemia, hypertension, hypertriglyceridemia, and reduced HDL cholesterol. The relationship between these patterns and individual characteristics was assessed using latent class analysis with covariates. Three patterns of metabolic syndrome were identified: high metabolic expression, moderate metabolic expression, and low metabolic expression. The first two patterns represented most women (53.8%) in the study. Women with complete primary or secondary education and belonging to lower social classes were more likely to have higher metabolic expression. Black and mixed-race women were more likely to have moderate metabolic expression. Menopausal women aged 50 years and older were more often classified into patterns of greater health risk. This study addressed the heterogeneous nature of metabolic syndrome, identifying three distinct profiles for the syndrome among women. The combination of abdominal obesity, hyperglycemia, and hypertension represents the main metabolic profile found among ELSA-Brasil participants. Sociodemographic and biological factors were important predictors of patterns of metabolic syndrome.


Resumo: O objetivo foi identificar padrões de síndrome metabólica em mulheres, estimar suas prevalências e relações com características sociodemográficas e biológicas. Este estudo examinou 5.836 mulheres utilizando dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Os padrões de síndrome metabólica foram definidos por meio de análise de classe latente, usando as seguintes anormalidades metabólicas como indicadores: obesidade abdominal, hiperglicemia, hipertensão, hipertrigliceridemia e colesterol HDL reduzido. As relações entre os padrões de síndrome metabólica e as características individuais foram avaliadas por meio da análise de classes latentes com covariáveis. Foram identificados três padrões de síndrome metabólica, denominados "alta expressão metabólica", "expressão metabólica moderada" e "baixa expressão metabólica". Os dois primeiros padrões representaram a maioria (53,8%) das mulheres do estudo. As mulheres com nível de escolaridade primário ou secundário e pertencentes à classe social baixa tiveram maior chance de apresentar maior expressão metabólica. Negros e pardos tiveram maior chance de apresentar "expressão metabólica moderada". Mulheres na menopausa com 50 anos ou mais apresentaram maior chance de ter padrões de maior risco à saúde. Este estudo abordou a natureza heterogênea da síndrome metabólica, identificando três perfis distintos para a síndrome entre as mulheres. A combinação de obesidade abdominal, hiperglicemia e hipertensão representa o principal perfil metabólico encontrado entre os participantes do ELSA-Brasil. Fatores sociodemográficos e biológicos foram importantes preditores para os padrões de síndrome metabólica.


Resumen: El objetivo fue identificar patrones del síndrome metabólico en mujeres, estimar sus prevalencias y relaciones con características sociodemográficas y biológicas. Este estudio examinó 5.836 mujeres utilizando datos de la línea de base del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil). Los patrones de síndrome metabólico se definieron a través del análisis de clase latente, utilizando las siguientes anormalidades metabólicas como indicadores: obesidad abdominal, hiperglucemia, hipertensión, hipertrigliceridemia y colesterol HDL reducido. Las relaciones entre los patrones de síndrome metabólico y las características individuales se evaluaron a través del análisis de clases latentes con covariables. Se identificaron tres patrones de síndrome metabólico, denominados "alta expresión metabólica", "expresión metabólica moderada" y "baja expresión metabólica". Los primeros dos patrones representan la mayoría (el 53,8%) de las mujeres del estudio. Las mujeres que tenían un nivel de escolaridad primario o secundario y que pertenecían a la clase social baja tuvieron una mayor probabilidad de presentar una expresión metabólica más alta. Los negros y pardos tuvieron una probabilidad más alta de presentar "expresión metabólica moderada". Las mujeres en la menopausia que tenían 50 años o más presentaron una probabilidad más alta de tener patrones de mayor riesgo para la salud. Este estudio abordó la naturaleza heterogénea del síndrome metabólico, identificando tres perfiles diferentes para el síndrome entre las mujeres. La combinación de obesidad abdominal, hiperglucemia e hipertensión representa el principal perfil metabólico encontrado entre los participantes del ELSA-Brasil. Factores sociodemográficos y biológicos fueron importantes predictores para los patrones de síndrome metabólico.

5.
Arq. bras. cardiol ; 119(4): 505-511, Oct. 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403355

ABSTRACT

Resumo Fundamento A variabilidade da pressão arterial (VPA) tem valor prognóstico para desfechos cardiovasculares fatais e não fatais. Objetivos Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a VPA em uma única visita e o risco cardiovascular em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos O presente estudo transversal foi conduzido com dados basais (2008-2010) de 14.357 participantes do ELSA-Brasil, sem história de doença cardiovascular. A VPA foi quantificada pelo coeficiente de variação de três medidas padronizadas da pressão arterial sistólica (PAS) realizadas com um oscilômetro. Medidas antropométricas e exames laboratoriais também foram realizados. O risco cardiovascular foi avaliado pelo estimador de risco de doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), e se empregou a análise de regressão logística multivariada com nível de significância de 5%. Resultados Um risco cardiovascular significativamente maior foi determinado por uma VPA elevada para ambos os sexos. Uma prevalência significativamente maior de alto risco foi observada mais em homens que em mulheres em todos os quartis, com a maior diferença observada no quarto quartil de variabilidade (48,3% vs. 17,1%). Comparações entre quartis por sexo revelaram um risco significativamente mais alto para homens no terceiro (OR=1,20; IC95%: 1,02 - 1,40) e no quarto quartis OR=1,46; IC95%: 1,25 -1,71), e para mulheres no quarto quartil (OR=1,27; IC95%: 1,03 - 1,57). Conclusão Análises de dados basais de participantes do ELSA-Brasil revelaram que a variabilidade da pressão arterial se associou com risco cardiovascular aumentado, especialmente nos homens.


Abstract Background Blood pressure variability (BPV) is of prognostic value for fatal and non-fatal cardiovascular outcomes. Objective This study aimed to evaluate the association between within-visit BPV and cardiovascular risk among participants of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Methods The present cross-sectional study was carried out using baseline data (2008-2010) of 14,357 ELSA-Brasil participants with no prior history of cardiovascular disease. Within-visit BPV was quantified by the coefficient of variation of three standardized systolic blood pressure (SBP) measurements using an oscillometer. Anthropometric measurements and laboratory tests were also performed. Cardiovascular risk was assessed using the atherosclerotic cardiovascular disease risk estimator (ASCVD) and multivariate logistic regression analysis was employed with a significance level of 5%. Results Significantly higher cardiovascular risk was determined by increased BPV for both sexes. A significantly higher prevalence of high risk was found in men than women across all quartiles, with the highest difference observed in the fourth quartile of variability (48.3% vs. 17.1%). Comparisons among quartiles in each sex revealed a significantly higher cardiovascular risk for men in the third (OR=1.20; 95%CI: 1.02 - 1.40) and fourth quartiles (OR=1.46; 95%CI: 1.25 -1.71), and for women in the fourth quartile (OR=1.27; 95%CI: 1.03 - 1.57). Conclusion Analysis of baseline data of the ELSA-Brasil participants revealed that blood pressure variability was associated with increased cardiovascular risk, especially in men.

6.
Arq. bras. cardiol ; 118(5): 905-913, maio 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374363

ABSTRACT

Resumo Fundamento A hipertensão arterial é considerada um importante fator de risco de morbidade e mortalidade cardiovascular em mulheres na pós-menopausa. Embora a terapia hormonal da menopausa (THM) seja um tratamento muito eficiente para sintomas vasomotores nesse período, a influência dessa terapia na pressão arterial ainda não está clara. Objetivo Avaliar a relação entre o uso de THM e a hipertensão em participantes do ELSA-Brasil. Métodos Um estudo transversal usando dados da linha de base da coorte ELSA-Brasil, com 2.138 mulheres que passaram por menopausa natural. Neste estudo, foi analisado a hipertensão, definida como pressão arterial ≥140/90 mmHg ou uso anterior de anti-hipertensivo, e o uso da THM, com participantes sendo classificadas em grupos daquelas que nunca usaram, que já usaram e que estavam em uso atual. As associações foram avaliadas usando-se um modelo de regressão logística multivariada com uma significância estatística definida em p<0,05. Resultados No total, 1.492 mulheres (69,8%) nunca tinham usado a THM, 457 (21,4%) tinham usado no passado, e 189 (8,8%) estavam em uso atual. O uso de THM foi mais comum em mulheres que tinham índice de massa corporal <25 kg/m2 e níveis de triglicérides <150 mg/dl, que eram fisicamente menos inativas, não fumantes e não diabéticas. As mulheres em uso atual da THM apresentaram menores chances de ter hipertensão (OR=0,59; IC 95%: 0,41-0,85), em comparação com as que nunca a usaram. Na maioria dos casos, a THM foi iniciada com idade até 59 anos, com menos de 10 anos de menopausa e o uso durou até cinco anos. Conclusão O uso atual da THM não esteve relacionado à hipertensão, especialmente em mulheres saudáveis e que tinham menos de 60 anos de idade.


Abstract Background Hypertension is a major risk factor for cardiovascular morbidity and mortality in post-menopausal women. Although menopausal hormone therapy (MHT) is a very effective treatment for vasomotor symptoms during this period, the influence of this therapy on blood pressure is not yet clear. Objective To evaluate the relationship between the use of MHT and hypertension in participants of the ELSA-Brasil. Methods A cross-sectional study using the baseline ELSA-Brasil data in a cohort of 2,138 women who had experienced natural menopause. This study analyzed hypertension, defined as arterial pressure ≥140/90 mmHg or previous antihypertensive use, and use of MHT, with participants being classified into never, past, and current users. Associations were assessed using an adjusted logistic regression model, with statistical significance set at p<0.05. Results Overall, 1,492 women (69.8%) had never used MHT, 457 (21.4%) had used it in the past, and 189 (8.8%) were current users. The use of MHT was more common in women who had a body mass index (BMI) <25 kg/m2and triglyceride levels <150 mg/dl, and who were physically less inactive, non-smokers, and non-diabetics. Current MHT users were less likely to have hypertension (OR=0.59; 95% CI: 0.41-0.85) compared to those who had never used MHT. In most cases, MHT was started at or before 59 years of age, within 10 years of becoming menopausal, and its use lasted for up to five years. Conclusion Current MHT use was not related to hypertension, particularly in healthy women and in those under 60 years of age.

7.
Arq. bras. cardiol ; 118(5): 916-924, maio 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374365

ABSTRACT

Resumo Fundamento vários estudos avaliam alterações ecocardiográficas como preditores de risco cardiovascular; entretanto, nenhum associa risco cardiovascular global com alterações ecocardiográficas em brasileiros. Objetivo Este estudo avalia a associação entre risco cardiovascular global (ASCVD) e achados ecocardiográficos como hipertrofia ventricular esquerda (HVE), disfunção diastólica (DDVE) e aumento do volume do átrio esquerdo (AE). Métodos A população foi composta por participantes do ELSA-Brasil que realizaram ecocardiografia entre 2008 e 2010 (n = 2.973). Eram assintomáticos e não tinham história de doença cardiovascular (DCV). O escore ASCVD foi calculado em dois períodos: 2008-2010 e 2012-2014. Razões de prevalência (RP) foram estimadas com intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados Evidenciou-se associação entre alterações ecocardiográficas e alto risco cardiovascular global (escore ASCVD ≥ 7,5) nos dois períodos do estudo, separadamente. O risco global combinado (baixo risco no primeiro período e alto risco no segundo período) teve associação significativa apenas com DDVE (RP = 3,68; IC 95%: 2,63-5,15) e HVE (RP = 2,20; IC 95%: 1,62-3,00). Conclusão Alterações ecocardiográficas (DDVE, HVE e aumento do volume do AE) são preditores independentes de risco cardiovascular em adultos brasileiros sem DCV prévias.


Abstract Background Several studies have evaluated echocardiographic abnormalities as predictors of cardiovascular risk; however, none have associated the global cardiovascular risk with echocardiographic abnormalities in the Brazilian population. Objective This study evaluates the association between the global cardiovascular risk (ASCVD score) and three echocardiographic abnormalities: left ventricular hypertrophy (LVH), left ventricular diastolic dysfunction (LVDD), and increased left atrium (LA) volume. Methods The study population was composed of participants from ELSA-Brasil who underwent echocardiography between 2008 and 2010 (n = 2973). They were asymptomatic and had no history of cardiovascular disease. The ASCVD score was calculated in two periods: 2008-2010 and 2012-2014. Prevalence ratios (PR) were estimated with 95% confidence intervals (CI). Results There is an association between echocardiographic abnormalities and high global cardiovascular risk (ASCVD score ≥ 7.5) in both study periods, separately. The combined global risk (low risk in the first period and high risk in the second period) was significantly associated only with LVDD (PR = 3.68, CI 95% 2.63-5.15) and LVH (PR = 2.20, 95% CI 1.62-3.00). Conclusion Echocardiographic abnormalities (LVDD, LVH, and increased LA volume) are independent predictors of cardiovascular risk in Brazilian adults.

8.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1402662

ABSTRACT

This research aimed to assess body image in elderly women and their associated factors. It is an observational-descriptive, quantitative cross-sectional study. We evaluated one hundred ten elderly women enrolled in language courses at the Open University of the Third Age (UNATI), at the Federal University of Pernambuco (UFPE), Recife-PE. The following were analyzed: body image, level of physical activity, sexual function and satisfaction, sociodemographic, and clinical conditions. It was found that 'hypertension' and 'live with' were related to body image. Sixty-eight (61.8%) women wanted to have a slimmer body. It was concluded that body image could influence 'live with' and co-morbidities such as high blood pressure. Moreover, it proves that most women dislike their bodies, unfortunately, thus affecting their self-esteem and quality of lif (AU)


O objetivo da pesquisa foi avaliar a imagem corporal em mulheres idosas e seus fatores associados. Trata-se de um estudo observacional-descritivo, quantitativo de corte transversal. Foram avaliadas 110 idosas cadastradas nos cursos de línguas pela Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) inserida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no município do Recife-PE. Foram analisados: a imagem corporal, o nível de atividade física, a função e satisfação sexual, condições sociodemográficas e clínicas. Verificou-se que a hipertensão arterial e com quem reside estavam relacionadas com a imagem corporal. Já fatores socioeconômicos, a função sexual e o nível de atividade física não obtiveram relação com a imagem corporal. Percebeu-se também que 68 (61,8%) idosas desejavam ter um corpo mais magro, corroborando com grande parte da literatura e reafirmando a ideia de que o corpo da mulher idosa ainda é muito criticado diante da sociedade. Concluiu-se que a imagem corporal consegue ter influência perante quem reside e com comorbidades como a pressão alta, além disso, comprova que o corpo da mulher idosa, infelizmente, ainda desagrada grande parte das mulheres, podendo assim, influenciar sua autoestima, imagem corporal e afetando, consequentemente, a qualidade de vida das mesmas (AU)


Subject(s)
Humans , Female , Aged , Body Image/psychology , Exercise , Comorbidity , Risk Factors
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(1): e00341920, 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1355978

ABSTRACT

Resumo: Pretos e pardos apresentam grandes desvantagens de saúde, possuem menores chances de ascensão na hierarquia social no curso de vida e menores níveis socioeconômicos do que brancos como resultado do racismo estrutural. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel mediador da mobilidade intergeracional na associação entre racismo e saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre racismo e a autoavaliação de saúde, e verificar em que medida a mobilidade social intergeracional media essa associação. Estudo transversal realizado com dados de 14.386 participantes da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Escolaridade materna, escolaridade do participante, classe sócio-ocupacional do chefe de família e classe sócio-ocupacional do participante compuseram os indicadores de mobilidade social intergeracional (educacional e sócio-ocupacional). Modelos de regressão logística foram utilizados. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 15%, 24% e 28% entre brancos, pardos e pretos, respectivamente. Após ajustes por idade, sexo e centro de investigação foram encontradas maiores chances de autoavaliação de saúde ruim entre pretos (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) e pardos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01) quando comparados aos brancos. A mobilidade educacional e sócio-ocupacional intergeracional mediaram, respectivamente, 66% e 53% da associação entre a raça/cor e autoavaliação de saúde ruim em pretos, e 61% e 51% em pardos, respectivamente. Resultados confirmam a iniquidade racial na autoavaliação de saúde e apontam que a mobilidade social intergeracional desfavorável é um importante mecanismo para explicar essa iniquidade.


Resumen: Negros y mulatos presentan grandes desventajas de salud, poseen menores oportunidades de ascensión en la jerarquía social en el trascurso de su vida, y menores niveles socioeconómicos que los blancos, como resultado del racismo estructural. No obstante, poco se sabe sobre el papel mediador de la movilidad intergeneracional en la asociación entre racismo y salud. El objetivo de este estudio fue investigar la asociación entre racismo y autoevaluación de salud, así como verificar en qué medida la movilidad social intergeneracional interfiere en esa asociación. Se trata de un estudio transversal, realizado con datos de 14.386 participantes de la base de referencia (2008-2010) del Estudio Longitudinal de Salud de Adultos (ELSA-Brasil). La escolaridad materna, del participante, clase socio-ocupacional del jefe de familia y clase socio-ocupacional del participante compusieron los indicadores de movilidad social intergeneracional (educacional y socio-ocupacional). Se utilizaron modelos de regresión logística. La prevalencia de autoevaluación de mala salud fue de 15%, 24% y 28% entre blancos, mulatos/mestizos y negros, respectivamente. Tras los ajustes por edad, sexo y centro de investigación, se encontraron mayores oportunidades de autoevaluación de mala salud entre negros (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) y mulatos/mestizos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01), cuando se compara con los blancos. La movilidad educacional y socio-ocupacional intergeneracional mediaron, respectivamente, 66% y 53% de la asociación entre raza/color y autoevaluación de mala salud en negros, y 61% y 51% en mulatos/mestizos, respectivamente. Los resultados confirman la inequidad racial en la autoevaluación de salud y apuntan que la movilidad social intergeneracional desfavorable es un importante mecanismo para explicar esa inequidad.


Abstract: Blacks and Browns have major health disadvantages, are less likely to rise in the social hierarchy throughout the course of life, and pertain to lower socioeconomic levels than Whites as a result of structural racism. However, little is known about the mediating role of intergenerational mobility in the association between race/skin color and health. The aim of the present study was to investigate the association between racism and self-rated health and to verify to what extent intergenerational social mobility mediates this association. This was a cross-sectional study conducted with data from 14,386 participants from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline (2008-2010). Maternal education, education of the participant, socio-occupational class of the head of household, and socio-occupational class of the participant were used in the indicators of intergenerational social mobility (educational and socio-occupational). Logistic regression models were used. The prevalence of poor self-rated health was 15%, 24%, and 28% among Whites, Browns, and Blacks, respectively. After adjustments for age, sex, and research center, greater chances of poor self-rated health were found among Blacks (OR = 2.15; 95%CI: 1.92-2.41) and Browns (OR = 1.82; 95%CI: 1.64-2.01) when compared to Whites. Intergenerational educational and socio-occupational mobility mediated, respectively, 66% and 53% of the association between race/color and poor self-rated health in Blacks, and 61% and 51% in Browns, respectively. Results confirm racial iniquity in self-rated health and point out that unfavorable intergenerational social mobility is an important mechanism to explain this iniquity.


Subject(s)
Humans , Adult , Social Mobility , Racism , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Longitudinal Studies
10.
Arq. bras. cardiol ; 117(3): 494-500, Sept. 2021. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1339172

ABSTRACT

Resumo Fundamento Níveis elevados de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) podem ter efeitos positivos para proteção de agravos cardiovasculares, e prática regular de atividade física no tempo livre (AFTL) tem sido associada ao seu aumento. Objetivo Verificar a existência de possíveis diferenças entre homens e mulheres no efeito dose-resposta na associação entre AFTL e HDL-C. Métodos Estudo transversal com dados de 13,931 participantes de ambos os sexos (7,607 mulheres) do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A AFTL foi mensurada por meio do International Physical Activity Questionnary (IPAQ) e classificada em quatro categorias: inativos, pouco ativos, ativos e muito ativos. O poder discriminatório da AFTL para HDL-C elevado, nas diferentes intensidades analisadas (caminhada, atividade física moderada e atividade física vigorosa) foi testado por meio das curvas ROC. As associações, ajustadas por variáveis de confundimento entre AFTL e HDL-C foram analisadas por meio de regressão logística, estimando-se a odds ratio (OR) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados Observou-se associação positiva, com efeito dose-resposta, entre AFTL e HDL-C tanto em homens quanto em mulheres. Com relação à intensidade, apenas a atividade física vigorosa discriminou o HDL-C elevado em homens, enquanto tanto a atividade física de caminhada quanto a moderada e a vigorosa discriminaram o HDL-C elevado em mulheres. Conclusão A AFTL apresenta associação positiva com gradiente dose-resposta com HDL-C; no entanto, entre os homens, a associação não é observada para aqueles classificados como pouco ativos fisicamente. Nas mulheres, tanto a intensidade da caminhada quanto a atividade física moderada ou vigorosa podem discriminar níveis de HDL-C mais altos; já nos homens, essa relação é observada apenas na intensidade vigorosa.


Abstract Background High levels of high-density lipoprotein (HDL-C) are known for their protective effect against cardiovascular diseases and the regular practice of leisure time physical activity (LTPA) may be associated with their increase. Objective To verify the existence of differences between genders in the dose-response effect regarding the association between LTPA and HDL-C in the ELSA-Brasil study cohort. Methods Cross-sectional study with data from wave 2 of 13,931 participants of both genders (7,607 women) from the Longitudinal Study of Adult Health ELSA-Brasil. The LTPA was measured using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and classified into four categories: sedentary, low active, active and very active. The discriminatory power of LTPA at different intensities analyzed for high HDL-C was tested using ROC curves. Associations, adjusted for confounders between LTPA and HDL-C were analyzed by logistic regression. A 95% confidence interval was used. Results A positive association, with a dose-response effect, was observed between LTPA and HDL-C in both men and women. With regard to intensity, only vigorous physical activity discriminated high HDL-C in men, while both walking and moderate and vigorous physical activity discriminated high HDL-C in women. Conclusions LTPA shows a positive association with gradient dose-response and HDL-C, but in men, the association is not observed for those classified as physically unfit. In women, both walking intensity and moderate or vigorous physical activity can discriminate high HDL-C levels, whereas only vigorous intensity-exercise discriminate elevated HDL-C levels in men, demonstrating that males need to do more physical activity for this benefit to be observed.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Leisure Activities , Lipoproteins, HDL , Exercise , Sex Factors , Cross-Sectional Studies , Longitudinal Studies
11.
Arch. endocrinol. metab. (Online) ; 65(4): 468-478, July-Aug. 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1339110

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To evaluate incidence of subclinical and overt hyperthyroidism and hypothyroidism. Subjects and methods: The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) is a prospective cohort study of 15,105 civil servants, examined at baseline and over a 4-year follow-up. This analysis included 9,705 participants with normal thyroid function at baseline, follow-up information about thyroid function and with no report of using drugs that may interfere in the thyroid function. Thyroid function was defined by TSH/FT4 levels or routine use of thyroid hormones/anti-thyroid medications. Annual and cumulative (over 4-year) incidence rates were presented as percentages (95% Confidence Intervals). Results: The incidence of all overt and subclinical thyroid disease was 6.7% (1.73%/year): 0.19% for overt hyperthyroidism (0.048%/year), 0.54% for subclinical hyperthyroidism (0.14%/year), 1.98% for overt hypothyroidism (0.51%/year), and 3.99% for subclinical hypothyroidism (1.03%/year). The incidence of all thyroid diseases was higher in women, when compared to men, with a low women:men ratio (1.36). For Blacks the highest incidence was for overt hyperthyroidism, while for Whites, the highest incidence was for overt hypothyroidism. However, the highest incidence of overt hyperthyroidism was detected in Asian descendants. The presence of antithyroperoxidase antibodies at baseline was associated with higher incidence of overt thyroid diseases. Conclusion: These results showed a high incidence of hypothyroidism, which is compatible with a country with a more-than-adequate iodine intake. The low women:men ratio of the incidence of thyroid dysfunction highlights the importance of the diagnosis of thyroid diseases among men in Brazil.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Thyroid Diseases/epidemiology , Hyperthyroidism/epidemiology , Brazil/epidemiology , Thyrotropin , Incidence , Prospective Studies , Longitudinal Studies
12.
J. bras. nefrol ; 43(1): 20-27, Jan.-Mar. 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1154663

ABSTRACT

ABSTRACT Introduction: Emergence of acute kidney injury (AKI) in patients with nephrotic syndrome (NS) requires prompt diagnosis and differentiation between acute tubular necrosis (ATN) and proliferative glomerulonephritis. We studied the potential use of commercial urinary biomarkers' tests in the diagnosis of AKI in patients with NS. Methods: A cross sectional estimate of urinary concentrations of KIM-1 and NGAL was performed in 40 patients with NS: 9 with proliferative glomerulopathy, being 4 with AKI and 31 without proliferative glomerulopathy, being 15 with AKI. AKI was defined using the KDIGO criteria. Results: The mean age was 35 ± 16 years. The main diagnoses were focal and segmental glomerulosclerosis (10, 25%), membranous glomerulopathy (10, 25%), minimal change disease (7, 18%), lupus nephritis (6, 15%), and proliferative glomerulonephritis (3, 8%). Patients with ATN had higher levels of urinary KIM-1 (P = 0.0157) and NGAL (P = 0.023) than patients without ATN. The urinary concentrations of KIM-1 (P= 0.009) and NGAL (P= 0.002) were higher in patients with AKI than in patients without AKI. Urinary NGAL and KIM-1 levels were significantly higher in patients with ATN without proliferative glomerulonephritis than in patients with proliferative glomerulonephritis (P = 0.003 and P=0.024, respectively). Conclusions: Neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL) and kidney injury molecule 1 (KIM-1) estimates correlated with histological signs of ATN and were able to discriminate patients with AKI even in conditions of NS. Furthermore, urinary levels of NGAL and KIM-1 may be useful in the differential diagnosis of acute tubular necrosis and exudative glomerulonephritis in patients with nephrotic syndrome.


RESUMO Introdução: O surgimento de lesão renal aguda (LRA) em pacientes com síndrome nefrótica (SN) requer diagnóstico imediato e diferenciação entre necrose tubular aguda (NTA) e glomerulonefrite proliferativa. Avaliamos o uso potencial de testes de biomarcadores urinários comerciais no diagnóstico de LRA em pacientes com SN. Métodos: Uma estimativa transversal das concentrações urinárias de KIM-1 e NGAL foi realizada em 40 pacientes com SN: 9 com glomerulopatia proliferativa, sendo 4 com LRA e 31 sem glomerulopatia proliferativa, sendo 15 com LRA. A LRA foi definida usando os critérios da KDIGO. Resultados: A média de idade foi de 35 ± 16 anos. Os principais diagnósticos foram glomeruloesclerose segmentar e focal (10, 25%), glomerulopatia membranosa (10, 25%), doença por lesão mínima (7, 18%), nefrite lúpica (6, 15%) e glomerulonefrite proliferativa (3, 8 %). Os pacientes com NTA apresentaram níveis mais elevados de KIM-1 urinário (P = 0,0157) e NGAL (P = 0,023) do que pacientes sem NTA. As concentrações urinárias de KIM-1 (P = 0,009) e NGAL (P = 0,002) foram maiores em pacientes com LRA do que em pacientes sem LRA. Os níveis urinários de NGAL e KIM-1 foram significativamente maiores em pacientes com NTA sem glomerulonefrite proliferativa do que em pacientes com glomerulonefrite proliferativa (P = 0,003 e P = 0,024, respectivamente). Conclusões: As estimativas de lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos (NGAL) e molécula de lesão renal 1 (KIM-1) se correlacionaram com sinais histológicos de NTA, e foram capazes de discriminar pacientes com LRA mesmo em condições de SN. Além disso, os níveis urinários de NGAL e KIM-1 podem ser úteis no diagnóstico diferencial de necrose tubular aguda e glomerulonefrite exsudativa em pacientes com síndrome nefrótica.


Subject(s)
Humans , Adult , Acute Kidney Injury/diagnosis , Acute Kidney Injury/etiology , Nephrotic Syndrome/complications , Biomarkers , Cross-Sectional Studies , Lipocalin-2 , Kidney Function Tests
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00322320, 2021. graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1278625

ABSTRACT

The COVID-19 pandemic may accentuate existing problems, hindering access to legal abortion, with a consequent increase in unsafe abortions. This scenario may be even worse in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where abortion laws are already restrictive and access to services is already hampered. Our objective was to understand how different countries, with an emphasis on Latin Americans, have dealt with legal abortion services in the context of the COVID-19. Thus, we conducted a narrative review on abortion and COVID-19. The 75 articles included, plus other relevant references, indicate that the pandemic affects sexual and reproductive health services by amplifying existing problems and restricting access to reproductive rights, such as legal abortion. This impact may be even stronger in low- and middle-income countries, especially in Latin America, where access to legal abortion is normally restricted. The revision of sources in this article underlines the urgent need to maintain legal abortion services, both from women's perspective, in support of their reproductive rights, but also from that of the international commitment to achieving the Millennium Development Goals. Thereby, Latin American countries must place reproductive rights as a priority on their agendas and adapt legislation to accommodate alternative models of abortion care. Furthermore, our results underscore the need for clear information on the functioning of sexual and reproductive health services as essential for understanding the impact of the pandemic on legal abortion and to identify the groups most affected by the changes.


A pandemia da COVID-19 pode agravar problemas existentes, dificultando o acesso ao aborto legal e resultando em um aumento dos abortos inseguros. O cenário pode ser ainda pior nos países de renda média e baixa, principalmente na América Latina, onde as leis sobre aborto já são restritivas e o acesso aos serviços é dificultado. Tivemos como objetivo, compreender como os diferentes países, com ênfase nos latino-americanos, têm lidado com os serviços de aborto legal no contexto da COVID-19. Para tal, foi realizada uma revisão narrativa sobre aborto e COVID-19. Os 75 artigos incluídos, além de outras referências relevantes, indicam que a pandemia impacta os serviços de saúde sexual e reprodutiva, ao agravar os problemas existentes e restringir o acesso aos direitos reprodutivos, incluindo o direito ao aborto legal. O impacto pode ser ainda mais sério nos países de renda baixa e média, principalmente na América Latina, onde o acesso ao aborto legal costuma ser restrito. A revisão das fontes no artigo destaca a necessidade urgente de manter em funcionamento os serviços de aborto legal, tanto da perspectiva das mulheres, em apoio aos seus direitos reprodutivos, quanto do compromisso internacional para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Assim, os países da América Latina devem priorizar os direitos reprodutivos nas agendas nacionais e adaptar suas legislações para acomodar modelos alternativos de assistência ao aborto. Nossos resultados também destacam a necessidade de informações precisas sobre o funcionamento dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, essenciais para compreender o impacto da pandemia sobre o aborto legal e para identificar os grupos mais afetados pelas mudanças.


La pandemia de COVID-19 puede acentuar problemas existentes, impidiendo el acceso al aborto legal, con el consiguiente incremento de abortos inseguros. Este escenario es quizás incluso peor en los países de bajos y medios ingresos, especialmente en Latinoamérica, donde las leyes del aborto son de por sí restrictivas y el acceso a los servicios ya se encuentra obstaculizado. Nuestro objetivo fue comprender cómo han lidiado diferentes países, poniendo énfasis en los latinoamericanos, con servicios legales de aborto en el contexto de la COVID-19. Por lo tanto, realizamos una revisión narrativa sobre el aborto y el COVID-19. Se incluyeron 75 artículos, así como otras referencias relevantes, indicando que la pandemia impacta en los servicios de salud sexual y reproductiva, lo que amplifica los problemas existentes y restringe el acceso a derechos reproductivos, tales como el aborto legal. Este impacto quizás fue incluso más fuerte en los países con ingresos bajos y medios, especialmente en Latinoamérica, donde el acceso al aborto legal se encuentra restringido normalmente. La revisión de fuentes en este artículo subraya la necesidad urgente de mantener los servicios de aborto legal, tanto desde la perspectiva de las mujeres, apoyando sus derechos reproductivos, así como también desde el compromiso internacional, con el fin de alcanzar las Objetivos de Desarrollo del Milenio. De este modo, los países latinoamericanos deben situar los derechos reproductivos como prioridad en sus agendas y adaptar su legislación para incorporar modelos alternativos de atención al aborto. Nuestros resultados también destacam la necesidad de información precisa para el funcionamiento de los servicios de salud sexuales y reproductivos, como algo esencial para entender el impacto de la pandemia en el aborto legal, así como para identicar a los grupos más afectados por los cambios.


Subject(s)
Humans , Female , Abortion, Induced , COVID-19 , Brazil , Abortion, Legal , Developing Countries , Pandemics , SARS-CoV-2 , Latin America/epidemiology
14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(8): 2985-2998, Ago. 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, SES-SP | ID: biblio-1133122

ABSTRACT

Resumo Este estudo avaliou a acurácia de indicadores de obesidade abdominal (OA), definindo uma variável latente como padrão-ouro. Foram estudados 12.232 participantes do ELSA-Brasil de 35 a 74 anos. Avaliou-se três indicadores de OA, estratificados por sexo e raça/cor: circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ) e índice de conicidade (Índice C). Todos os grupos mostraram elevadas prevalências de OA, maiores entre os homens brancos (~70%) e mulheres pretas (~60%). Observou-se alta acurácia da CC para homens, RCQ e índice C entre homens e mulheres para discriminar OA latente. Identificou-se os seguintes pontos de corte para os indicadores de OA entre os homens brancos, pardos e pretos, respectivamente: CC: 89,9; 90,2 e 91,7cm; RCQ: 0,92; 0,92 e 0,90; índice C: 1,24; 1,24 e 1,24. Para as mulheres brancas, pardas e pretas, respectivamente, os pontos de corte identificados foram: CC: 80,4; 82,7 e 85,4cm; RCQ: 0,82; 0,83 e 0,84; índice C: 1,20; 1,22 e 1,19. A CC entre os homens e a RCQ e índice C entre homens e mulheres apresentaram alto poder para discriminar OA latente, sendo o índice C o melhor indicador.


Abstract This study evaluated the accuracy of abdominal obesity (AO) indicators, defining a latent variable as the gold standard. The study included 12,232 participants of the ELSA-Brasil (Brazil's Longitudinal Study of Adult Health), between 35 and 74 years of age. Three AO indicators were evaluated: waist circumference (WC), waist hip ratio (WHR) and conicity index (C index). Analyses were stratified by sex and race/skin color. All groups had a high prevalence of AO, being greater among white men (~70%) and black women (~60%). A high incidence of WC was observed for men, WHR and C index between men and women for discriminating latent AO. The following cutoff points for AO indicators were identified among white, brown and black men, respectively: WC: 89.9cm; 90.2cm and 91.7cm; WHR: 0.92; 0.92 and 0.90; C index: 1.24; 1.24 and 1.24. The cutoff points identified among white, brown and black women were, respectively: WC: 80.4cm, 82.7cm and 85.4cm; WHR: 0.82; 0.83 and 0.84; C index: 1.20; 1.22 and 1.19 The WC among men and the WHR and C index among men and women presented high power to discriminate latent AO, the C index being the best indicator.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Obesity, Abdominal/diagnosis , Obesity, Abdominal/epidemiology , Brazil/epidemiology , Body Mass Index , Risk Factors , Longitudinal Studies , Waist-Hip Ratio , Waist Circumference
15.
Saúde debate ; 44(spe4): 324-340, 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1290134

ABSTRACT

RESUMO Esta revisão narrativa sintetizou evidências científicas sobre desigualdades de gênero e raça na pandemia de Covid-19, enfocando o trabalho produtivo/reprodutivo das mulheres, a violência de gênero e o acesso aos Serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR). Os resultados confirmam que as desigualdades sociais devem ser consideradas para o efetivo controle da pandemia e para a preservação de direitos. Para além dos efeitos diretos do SARS-CoV-2, discute-se que barreiras de acesso a serviços de SSR podem ocasionar o aumento de gravidezes não pretendidas, abortos inseguros e mortalidade materna. O distanciamento social tem obrigado muitas mulheres a permanecer confinadas com seus agressores e dificultado o acesso a serviços de denúncia, incorrendo no aumento da violência de gênero e em desfechos graves à saúde. Como principais responsáveis pelo cuidado, as mulheres estão mais expostas a adoecer nas esferas profissional e doméstica. A conciliação trabalho-família tornou-se mais difícil para elas durante a pandemia. A literatura naturaliza as diferenças de gênero, raça e classe, com ênfase em fatores de risco. Uma agenda de pesquisa com abordagem interseccional é necessária para embasar a formulação de políticas que incorporem os direitos humanos e atendam às necessidades dos grupos mais vulneráveis à Covid-19.


ABSTRACT This narrative review synthesized scientific evidence on gender and race inequalities in the Covid-19 pandemic, focusing on women's productive/reproductive work, gender-based violence, and the access to Sexual and Reproductive Health Services (SRHS). The results demonstrated that social inequalities must be considered for the effective control of the pandemic and for the preservation of rights. Besides the direct effects of SARS-CoV-2, the literature discusses that barriers to access SRHS can lead to an increase in unintended pregnancies, unsafe abortions, and maternal mortality. Also, social distancing has led several women to stay confined with their aggressors, which hinders the access to reporting services, incurring in the increase of gender-based violence and severe outcomes to health. As main responsible for the care, women are more prone to getting the virus in both professional and domestic spheres. The conciliation between work and family has become more difficult for them during the pandemic. Literature naturalizes gender, race, and social class differences, emphasizing risk factors. An intersectional research plan is needed to support the making of public policies that incorporate human rights and meet the needs of the most vulnerable to Covid-19.

16.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00189618, 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1055643

ABSTRACT

As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se "não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento" como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.


Las desigualdades sociales en Brasil se reflejan en la búsqueda de atención sanitaria por parte de las mujeres que abortan, que enfrentan barreras individuales, sociales y estructurales, exponiéndolas a situaciones de vulnerabilidad. Las negras son las más expuestas a estas barreras, desde la búsqueda del servicio hasta la atención. El estudio tuvo como objetivo analizar los factores relacionados con las barreras individuales en la búsqueda de la primera atención post-aborto según raza/color. La investigación se realizó en Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) y São Luis (Maranhão), Brasil, con 2.640 pacientes internadas en hospitales públicos. Se realizó una regresión logística para el análisis de las diferencias según raza/color (blanca, mulata/mestiza y negra), considerándose "no tuvo barreras individuales en la búsqueda de la primera atención" como categoría de referencia de la variable dependiente. De las entrevistadas 35,7% eran negras, 53,3% mulatas/mestizas y 11% blancas. Las mujeres negras tenían menor escolaridad, menos hijos y declararon más el aborto como provocado (31,1%), tras 12 semanas de gestación (15,4%). Informaron más barreras individuales en la búsqueda de la primera atención (32% vs. 28% entre multas/mestizas y un 20,3% entre las blancas), tales como el miedo de ser maltratada y no tener dinero para el transporte. En la regresión se confirmó la asociación entre raza/color negro y mulato/mestizo y barreras individuales en la búsqueda de cuidados post-aborto, incluso tras el ajuste por todas las variables seleccionadas. Los resultados confirman la situación de vulnerabilidad de las negras y mulatas/mestizas. La discriminación racial en los servicios de salud y el estigma en relación con el aborto pueden actuar simultáneamente, retardando la ida de las mujeres al servicio de salud, lo que puede constituir una situación límite de mayor gravedad en el cuadro post-aborto.


Social inequalities in Brazil are reflected in women's search for abortion care, when they face individual, social, and structural barriers and are exposed to situations of vulnerability. Black women are the most heavily exposed to these barriers, from the search for the service to the care itself. The study aimed to analyze factors related to individual barriers in the search for first post-abortion care according to race/color. The study was conducted in Salvador (Bahia State), Recife, (Pernambuco State) and São Luís (Maranhão State), Brazil, with 2,640 patients admitted to public hospitals. Logistic regression was performed to analyze differences according to race/color (white, brown, and black), with "no individual barriers in the search for first care" as the reference category in the dependent variable. Of the women interviewed, 35.7% were black, 53.3% brown, and 11% white. Black women had less schooling, fewer children, and reported more induced abortions (31.1%) and more second-trimester abortions (15.4%). Black women reported more individual barriers in the search for first care (32% vs. 28% in brown women and 20.3% in whites), such as fear of being mistreated and lack of money for transportation. Regression analysis confirmed the association between black and brown race/color and individual barriers in the search for post-abortion care, even after adjusting for all the selected variables. The results confirmed the situation of vulnerability for black women and brown women in Brazil. Racial discrimination in health services and abortion-related stigma can act simultaneously, delaying women's access to health services, a limitation that can further complicate their post-abortion condition.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Child , Abortion, Induced , Health Services Accessibility , Brazil , Surveys and Questionnaires , Social Stigma
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00197718, 2020. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1055649

ABSTRACT

As complicações do aborto são um importante problema de saúde pública e pesquisas para avaliar a qualidade da atenção requerem ferramentas de aferição adequadas. Este estudo dá sequência ao processo de refinamento de um instrumento para esse fim - QualiAborto-Pt. Utilizando-se dados de um inquérito com 2.336 mulheres internadas por complicações do aborto em 19 hospitais de três capitais do Nordeste brasileiro (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco e São Luís - Maranhão), implementou-se uma sequência de análises fatoriais exploratórias e confirmatórias com base em um protótipo de 55 itens. As análises apontam para uma estrutura de 17 itens em cinco dimensões: acolhimento, orientação, insumos/ambiente físico, qualidade técnica e continuidade do cuidado. Todos os itens do modelo final evidenciam confiabilidade aceitável, ausência de redundância de conteúdo, especificidade fatorial, e guardam coerência teórica com as respectivas dimensões. A solução também mostra validade fatorial discriminante. Ainda que persistam algumas questões a aprofundar e acertar, esta versão merece ser recomendada para uso no Brasil.


Las complicaciones del aborto son un importante problema de salud pública y las investigaciones para evaluar la calidad de la atención requieren herramientas de medición adecuadas. Este estudio da continuación al proceso de perfeccionamiento de un instrumento para este fin - QualiAborto-Pt. Se utilizaron datos de una encuesta con 2.336 mujeres internadas por complicaciones con el aborto en 19 hospitales de tres capitales del nordeste brasileño (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco e São Luís - Maranhão), se implementó una secuencia de análisis factoriales exploratorios y confirmatorios, a partir de un prototipo de 55 ítems. Los análisis apuntan una estructura de 17 ítems en cinco dimensiones: acogida, orientación, insumos/ambiente físico, calidad técnica y continuidad del cuidado. Todos los ítems del modelo final evidencian confiabilidad aceptable, ausencia de redundancia de contenido, especificidad factorial, y guardan coherencia teórica con sus respectivas dimensiones. La solución también muestra validez factorial discriminante. A pesar de que persistan algunas cuestiones por profundizar y acertar, esta versión merece ser recomendada para su uso en Brasil.


Abortion complications are a major public health problem, and studies to assess the quality of abortion care require adequate measurement tools. This study is a continuation of such an instrument's refinement, the QualiAborto-Pt questionnaire. Using data from a survey of 2,336 women hospitalized for abortion complications in 19 hospitals in three state capitals in Northeast Brazil (Salvador - Bahia, Recife - Pernambuco, and São Luís - Maranhão), we implemented a series of exploratory and confirmatory factor analyses based on a 55-item prototype. The analyses indicate a structure with 17 items in five dimensions: reception, orientation, inputs/physical environment, technical quality, and continuity of care. All the items in the final model displayed acceptable reliability, absence of content redundancy, and factor specificity, as well as theoretical consistency with the respective dimensions. The solution also shows discriminant factor validity. Despite some persistent issues for further analysis and clarification, this version merits recommendation for use in Brazil.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Abortion, Induced , Psychometrics , Brazil , Surveys and Questionnaires , Reproducibility of Results , Factor Analysis, Statistical
18.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(8): 3147-3158, ago. 2019. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1011890

ABSTRACT

Resumo A vacina influenza é recomendada para todos trabalhadores de saúde, mas sua cobertura permanece insatisfatória. Estudo transversal que objetivou identificar fatores associados à vacinação contra influenza, realizado com trabalhadores de saúde de um grande Complexo Hospitalar de Salvador, Bahia. Utilizou-se questionário autoaplicável baseado nos modelos "Conhecimento, Atitudes e Práticas" e "Health Belief Model". A variável dependente foi a vacinação contra influenza em 2014, e as independentes representaram fatores sociodemográficos, histórico vacinal, conhecimentos e atitudes sobre influenza/vacina influenza. Usou-se regressão logística, calculou-se odds ratio a intervalos de confiança de 95%, ajustando para sexo, idade e profissão. Elegeu-se o melhor modelo multivariado através de eliminação retrógada e do Critério de Informação de Akaike. Participaram 755 trabalhadores. A cobertura da vacina influenza foi de 61,5%, sendo maior entre enfermeiros (69,0%) e menor entre médicos (49,1%). Os fatores associados a vacinar-se contra influenza foram: conhecer que mesmo estando saudável deve-se vacinar (OR = 3,15; IC95%:1,74-5,71); saber que a vacina não protege por muitos anos (OR = 2,08; IC95%:1,30-3,33); e não temer efeitos adversos pós-vacinais (OR = 1,93; IC95%:1,26-2,95).


Abstract Influenza vaccine is recommended for all health workers, but vaccination coverage remains unsatisfactory. A cross-sectional study that aimed to identify factors associated with influenza vaccination was carried out with health workers from a large Hospital Complex in Salvador, Bahia. A self-administered questionnaire was used based on the models "Knowledge, Attitudes and Practices" and "Health Belief Model". The dependent variable was the vaccination status against influenza in 2014, and the independent variables were sociodemographic factors, vaccine history, knowledge and attitudes about influenza/influenza vaccine. Logistic regression was used, odds ratio was calculated with 95% confidence intervals, adjusting for sex, age and occupation. The best multivariate model was chosen through backwards elimination and the Akaike Information Criterion. 755 workers participated. Influenza vaccine coverage was 61.5%, being higher among nurses (69.0%) and lower among physicians (49.1%). The factors associated with being vaccinated against influenza were: knowing that even when healthy, one must vaccinate against influenza (OR = 3.15; 95%CI:1.74-5.71); knowing that the vaccine does not protect for many years (OR = 2.08; 95%CI:1.30-3.33); and not to be afraid of post-vaccine adverse effects (OR = 1.93; 95%CI: 1.26-2.95).


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Young Adult , Influenza Vaccines/administration & dosage , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Vaccination/statistics & numerical data , Health Personnel/statistics & numerical data , Influenza, Human/prevention & control , Attitude of Health Personnel , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Vaccination Coverage/statistics & numerical data , Middle Aged
19.
Arq. bras. cardiol ; 112(3): 220-227, Mar. 2019. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-989347

ABSTRACT

Abstract Background: Abdominal adiposity is a risk factor for cardiovascular disease. Objective: To determine the magnitude of the association between abdominal adiposity, according to five different indicators, and the carotid intima-media thickness (CIMT). Methods: Data from 8,449 participants aged 35 to 74 years from the ELSA-Brazil study were used. The effect of waist circumference (WC), waist-to-hip ratio (WHR), conicity index (C index), lipid accumulation product (LAP) and visceral adiposity index (VAI) on CIMT were evaluated. Data were stratified by gender and analyzed using multivariate linear and logistic regressions. A significance level of 5% was considered. Results: Participants with CIMT > P75 showed a higher frequency of abdominal adiposity (men >72% and women >66%) compared to those with CIMT < P75. Abdominal adiposity was associated with the mean CIMT, mainly through WC in men (0.04; 95%CI: 0.033; 0.058). The abdominal adiposity identified by the WC, WHR, LAP, and VAI indicators in women showed an effect of 0.02 mm on the CIMT (WC: 0.025, 95%CI: 0.016, 0.035; WHR: 0.026, 95%CI: 0.016, 0.035; LAP: 0.024, 95%CI: 0.014; 0.034; VAI: 0.020, 95%CI: 0.010, 0.031). In the multiple logistic regression, the abdominal adiposity diagnosed by WC showed an important effect on the CIMT in both genders (men: OR = 1.47, 95%CI: 1.22-1.77, women: OR = 1.38; 95%CI: 1.17-1.64). Conclusion: Abdominal adiposity, identified through WC, WHR, LAP, and VAI, was associated with CIMT in both genders, mainly for the traditional anthropometric indicator, WC.


Resumo Fundamento: A adiposidade abdominal é um fator de risco para doença cardiovascular. Objetivo: Determinar a magnitude da associação entre a adiposidade abdominal, segundo cinco diferentes indicadores, e a espessura médio-intimal de carótidas (EMI-C). Métodos: Usou-se dados de 8.449 participantes de 35 a 74 anos do ELSA-Brasil. Foi avaliado o efeito da circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (Índice C), produto da acumulação lipídica (LAP) e índice de adiposidade visceral (IAV) sobre EMI-C. Os dados foram estratificados por sexo e analisados por meio de regressões linear e logística multivariadas. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Participantes com EMI-C acima do P75 mostraram maior frequência de adiposidade abdominal (homens acima de 72% e mulheres acima de 66%) em comparação aos participantes com EMI-C abaixo do P75. A adiposidade abdominal foi associada com a média da EMI-C, principalmente por meio da CC entre homens (0,04 IC95%: 0,033; 0,058). A adiposidade abdominal identificada pelos indicadores CC, RCQ, LAP e IAV entre as mulheres mostrou efeito de 0,02 mm sobre a EMI-C (CC: 0,025 IC95%: 0,016; 0,035; RCQ: 0,026 IC95%: 0,016; 0,035; LAP: 0,024 IC95%: 0,014; 0,034; IAV: 0,020 IC95%: 0,010; 0,031). Na regressão logística múltipla a adiposidade abdominal diagnosticada pela CC mostrou importante efeito sobre a EMI-C em ambos os sexos (homens: OR = 1,47; IC95%: 1,22-1,77; mulheres: OR = 1,38; IC95%: 1,17-1,64). Conclusão: A adiposidade abdominal, identificada por meio da CC, RCQ, LAP e IAV, foi associada à EMI-C em ambos os sexos, com destaque para o tradicional indicador antropométrico CC.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Obesity, Abdominal/diagnostic imaging , Carotid Intima-Media Thickness , Brazil , Biomarkers/blood , Risk Factors , Longitudinal Studies , Obesity, Abdominal/metabolism , Lipid Accumulation Product , Lipids/blood
20.
Rev. baiana saúde pública ; 42(3): 478-498, 01/09/2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1129996

ABSTRACT

A tecnologia de comunicação sem fio, embora produza benefícios à exposição à radiação da telefonia celular, tem aumentado a preocupação da comunidade científica e sociedade em geral devido à possibilidade de efeitos adversos na saúde humana. Este artigo tem como objetivo investigar a associação entre exposição à radiação eletromagnética não ionizante (Reni) decorrente da estação radiobase de telefonia celular (TC) e sintomas neurológicos na população residente nos bairros do Bonfim e Monte Serrat do município de Salvador/BA. Em um estudo transversal realizado em Salvador/BA, entrevistaram-se 440 indivíduos. Queixas neurológicas constituíram as variáveis dependentes. Realizou-se análise de regressão logística hierarquizada para avaliação de confundimento. Observou-se associação entre sintomas neurológicos e formas de uso do telefone celular (mais de 30 min/dia, com sinal de cobertura fraco, dois ou mais chips e nunca desligar o celular quando dorme) e com uso de outros eletroeletrônicos. A exposição à Reni/TC foi associada aos sintomas neurológicos independente do sexo e escolaridade. Recomenda-se a adoção de medidas precaucionárias no sentido de se reduzir este tipo de exposição.


While wireless communication technology yields benefits, exposure to Radiation/TC has increased the concern of the scientific community and society at large because of their potential to cause adverse effects on human health. We analyzed the association between exposure to non-ionizing electromagnetic radiation arising from the cellular radio base station and neurological symptoms in the population living in the Bonfim and Monte Serrat, neighbourhoods of Salvador/BA. This cross-sectional study in Salvador, Bahia, included 440 interviewees. Neurological complaints were the dependent variables. An analysis of hierarchical logistic regression was conducted to assess confounding. We found an association between neurological effects and residential proximity to the BTS, various forms of cell phone use (more than 30 min/day, with weak signal coverage, near the body, two or more chips, and never turning off the phone while sleeping), and the use of other electronics. Exposure to RENI/MP and other electronics were shown to be associated with neurological effects regardless of sex and education. The adoption of precautionary measures to reduce this type of exposure is recommended.


Aunque la tecnología de comunicación inalámbrica beneficia la exposición a la radiación de la telefonía celular, se ha aumentado la preocupación de la comunidad científica y la sociedad en general por la posibilidad de ocasionar efectos adversos a la salud humana. El presente artículo pretende investigar la asociación entre la exposición a la radiación electromagnética no ionizante (Reni) resultante de la estación base de telefonía celular (TC) y los síntomas neurológicos en la población que vive en los barrios de Bonfim y Monte Serrat en la ciudad de Salvador/BA. El estudio transversal realizado en Salvador/BA entrevistó a 440 personas. Las quejas neurológicas fueron las variables dependientes. Se realizó un análisis de regresión logística jerárquica para evaluar la confusión. Se observó una asociación entre los síntomas neurológicos y las formas de uso de la telefonía celular (más de 30 min/día, con una señal de cobertura débil, dos o más chips y la costumbre de nunca apagar el móvil cuando duerme) y con el uso de otros dispositivos electro-electrónicos. La exposición a la Reni/CT se asoció con síntomas neurológicos independientemente del género y el nivel de estudios. Se recomiendan medidas de precaución para reducir este tipo de exposición.


Subject(s)
Signs and Symptoms , Radiation Exposure , Cell Phone , Electromagnetic Radiation
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL